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Samael é a Banda do Mês de Novembro no Frequência Pesada

O Samael nasceu em Sion, Suíça, em 1987, formado pelos irmãos Vorph (Michael Locher) e Xytraguptor (Alex Locher).
No começo, a sonoridade era crua e ritualística, inspirada por nomes como Hellhammer, Bathory e Venom.
O primeiro álbum, Worship Him (1990), lançado pela Osmose Productions, é considerado um dos pilares do black metal europeu — sombrio, lento e atmosférico, com letras voltadas ao ocultismo e à escuridão interior.

Logo depois, com Blood Ritual (1992) e Ceremony of Opposites (1994), o Samael começou a expandir o som, incorporando teclados, samples e batidas eletrônicas, algo ousado para o gênero na época.
Essa fusão viria a definir o estilo característico da banda: black metal industrial, místico e filosófico.

Com Passage (1996), o Samael rompeu de vez com o som tradicional.
Produzido com extrema precisão, o disco trouxe uma mistura de riffs pesados, sintetizadores e programação eletrônica, criando uma estética futurista e apocalíptica.
Faixas como “Rain” e “Jupiterian Vibe” são verdadeiros hinos do metal industrial.

Os álbuns seguintes, como Eternal (1999) e Reign of Light (2004), exploraram temas filosóficos e espirituais, mostrando um Samael mais cósmico e transcendental, com influências de electro e darkwave, sem perder o peso.

O grupo continuou evoluindo com álbuns como Solar Soul (2007), Lux Mundi (2011) e Hegemony (2017).
Nessa fase, o Samael refinou seu equilíbrio entre força metálica e produção eletrônica, tornando-se uma banda que transcende rótulos.
Enquanto muitos colegas ficaram presos a fórmulas, o Samael se manteve experimental e visionário.

Após oito anos de silêncio, o Samael voltou em 2025 com o single “Black Matter Manifesto”, marcando o início de uma nova era.
A faixa simboliza o eterno dualismo presente na banda — luz e trevas, caos e harmonia, mostrando que mesmo após quase 40 anos, o Samael continua relevante, reinventando o metal extremo com uma identidade inconfundível.